As melhores de 2006

É, amigo… Mais um ano que termina e, assim como 2005, também deixa para trás outros tantos momentos hilários. Nesta lista “As melhores de 2006” destaquei não só as tiradas como também os melhores acontecimentos, passagens e situações – desses, que a gente vai lembrar pra sempre.

Alguns itens comprometedores foram censurados. Não para manter a privacidade, mas evitar queimação de filme mesmo. Se lembrarem de outros, acrescentem nos comentários.

Então foi?

“Pra praaaaaaaaiaaa!!!”
Empolgadíssimo na primeira indiada do ano, Thiago cria um clássico.

“Se o Escort morrer agora, eu encosto nele e vou empurrando até a praaaaaaia!”
Leandro e a solução para caso o tiozinho precisasse de ajuda de novo.

“Olha a placa! Vamo, vamo, vamo!”
No Km 14.

“Bora tomar um Demônio!”
Thiago confundido pelo Capeta.

“Bruno, pára o carro, meu!”
Thiago mal: era Leandro no volante.

“Vomita na sacola de gasolina!” seguido por “Mas não respira a
gasolina da sacola”.
Procedimentos de primeiros-socorros em Capão.

“Cara, fica tranqüilo. Qualquer coisa eu tô aqui do teu lado, pode…
ô minaaaa!”
Procedimentos de primeiros-socorros em Capão.

“Alô! ALÔ!”
Bruno ao celular ao contrário.

Fernando: “O meu, vocês tão num Corsa?” Bruno: “Um Corsa vermelho!”
Era um Celta.

“Vocês estão dando sorte”
Taxista depois do show do U2.

“Aquela ali precisa de focinheira”
Thiago comentando sobre uma mina feia no Tropical.

“A mina que tá se achando é aquela vestida igual à Pitty”
Thiago comentando sobre uma mina feia no Opinião.

“Tá mais pra pit-bull!”
Thiago continuando o comentário.

“Mas o Opinião nuuuunca nos deixa na mão”
É o melhor custo-benefício de Porto Alegre.

“Olha ali as bichos deste semestre chegando! Tem uma ali que parece
bicho mesmo!”
Rafael no bar da ETC, e certo que deve ter chegado nela depois.

“Peguei o Kadet, botei no lixo e comprei um Vectra.”
Thiago e Rafael vivos – isso é o que importa.

“Vem cá, que papo chato, não?”
Rafael para desconhecidos no Dublin…

“Mina fazida tem que gozar no olho!”
E ele já deve ter feito isso!

“Quem te ver passar assim por mim…”
Pois qualquer música pode começar igual a Ana Júlia.

“Uoooô! Uoooô! Uoooô!”
Pois qualquer música pode terminar igual a 14.

“Pra praaaaaaaaiaaa!!!”
Thiago, versão Floripa.

“Bota no chute”
Trilha sonora para Floripa em modo Shuffle.

“Olha o Guga!” duas vezes.
Pois em Floripa ele pode ser um mendigo de esquina ou um tricampeão de Roland Garros.

“Aqui nessa praia até os vira-latas são dálmatas”
Leandro sobre praia de rico, onde cachorro sem dono tem pedigree.

“Aba aba baba…”
Reação natural e perfeitamente compreensível de quem observa deusas
TOP na fila do El Divino, em Floripa.

“Splash and go!”
Thiago renomeando o chamado da Natureza.

“Imagina o que ela não faz com os dedinhos…”
Thiago sobre Eliana, dos polegares, polegares, onde estão.

“Túnel! Seleção!”
Fim de festa em Floripa é muito mais emocionante.

“Qual o problema, meu?”
Bruno levando uma bateria de carro para a sala de aula.

“É, amigo… Copa do Mundo”
Galvão Bueno. É, amigo…

“O prazo de validade da camisa da Argentina é maior que a do Brasil,
que daqui 3 meses vai estar obsoleta, faltando a sexta estrela”
Thiago sobre a camisa que ganhou antes da Copa da Alemanha…

“Hexacampeão!!!”
Thiago, bi-tricolor.

“Qual o problema, meu?”
Bruno levando 1 litro de iogurte pra sala de aula.

“Bora embora!”
Thiago, e morre de rir.

“Tá ligado o grito?”
Rafael – sobre o filme.

“Tô pensando em levar ela num findi pra Gramado e deixar o pau seco”
Sutileza e objetividade sempre presentes.

“Vamos dormir aqui no carro enquanto não aparece-BÉÉÉÉÉÉ!”
Leandro mete o joelho na buzina sem querer às 5h da manhã, num Camping lotado.

“Vou pegar mais dois colchoun”
Alemoa véia naquela merda de Camping lotado.

“Que Bruno?”
Gurizada dando falta daquele um que saia com a gente, da Fabico, meio autista, lembra?

“Sabe a mulher do Cangaceiro? Apanhou…”
Thiago sobre os bastidores do mundo… financeiro.

“Se tu for ver, cara, ser garçon não é tão deprimente…”
Rafael rodeado por vários. E em voz alta, claro.

“Então bota uma camisa do Grêmio e vai de palhaço!”
Leandro para Fernando, e morre de rir.

“Não tem um catálogo de serviços”
Curiosidades sobre um puteiro.

“Elas não tiram tudo; a Paquita ficou de bota”.
Curiosidades sobre um puteiro.

“Eu tô num lotação, cara”
Rafael no MSN.

“Espera um pouco, vou pagar e descer”
Rafael no MSN.

“Dupla de ataque: Sombra e Ácqua Fresca”
Bolacha, pizza, ceva e Play 2.

Não sei se vocês concordam, mas acho que a faculdade perdeu a importância entre a gente. Basta ver o tamanho e a qualidade da lista e levar em conta que, em 2006, a gente quase não se cruzou por ela. Viagens planejadas (Floripa), mal planejadas (Gramado) e não planejadas (pra praaaaaaia), além das festas de fim de semana, renderam mais itens para a lista do que a Fabico.

Eu acho isso ótimo. É um sinal de que entre nós existe algo maior do que a união via matrícula. Espero que a tendência se mantenha nos próximos anos. Quiçá para sempre \o/

Valeu por 2006, pessoal.

Google who?

O Google está crescendo, e cada vez mais presente nas nossas vidas (vide post anterior do Thiago). E, pra dizer a verdade, isso me assusta um pouco.

Pra vocês terem uma idéia, ele me apresentou no GMail esses tempos mais, uma oferta de apostila pros concursos do TRF e do MPU (que eu pretendo fazer). É ÓBVIO que eles têm “lido” meus emails e sabiam que eu faria tal concurso. OK, foi publicidade pertinente e objetiva; mas ao mesmo tempo, foi invasão de privacidade.

Mas enfim, só acho que precise de alguém que venha com idéias novas e diferentes, pra mostrar pro Google que eles não estão sozinhos. E que o fator humano é mais importante que os algoritmos.

Beijos nas gurias, abraços pro resto.

Fantasmas

É impressionante como alguns carmas nos perseguem no passar dos anos, mesmo quando evoluímos. Não é segredo pra ninguém que eu sou uma viúva do ICQ: ah, as conversas salvas automaticamente! Sofri sansões pela falta delas no novo programa de conversação outro dia, mas como conversação não se produz sozinho e todos os meus contatos migraram para o Mesquinho Sarcástico Nefasto, não tive escolha e baixei a versão Live assim que a MegaFlesh chegou aqui em casa. Eu ja tinha falado mal do MSN no L’aMafia, mas não pude botar um link aqui como eu gostaria (procure por L’aMafia no Google e encontrarás o Cataclisma).

Pois bem, há instantes eu tive a impressão de que o mundo havia acabado, ou pelo menos a Internet: o MSN deu pau, o Orkut estava em manutenção e o Blog mudou e eu tive que acessar com a minha conta Google – como tudo hoje em dia, diga-se de passagem; daqui a pouco terei de usa-la para entrar no prédio onde trabalho, para pegar ônibus, para sacar dinheiro… acho que ela ainda vai substituir meu CPF! – e os passos simples para “switchar” para o blogger novo não parecem tão simples assim quando o blogueiro acaba de voltar de um churras da BV com 150 litros de Chopp (!) , então resolvi ir me deitar, afinal amanhã é dia útil, o último do ano.

Todo mundo foi para o sítio e eu fiquei aqui sozinho, porque alguém tem que manter o país nos eixos (?) . Desliguei o computador e a TV, apaguei todas as luzes da casa e quando encosto a cabeça no travesseiro, foi como se eu tivesse clicado o mouse: ouvi do nada, porém nitidamente, aquele alerta característico de recebimento de mensagem em janela inativa do MSN (caramba! quanta palavra pra descrever uma campainha de 0,7 segundos! esse blog devia ter som…) “Epa! Eu tô sozinho em casa!! Eu desliguei o computador!!! E o que é pior: há minutos o Mesquinho Sarcástico Nefasto não tinha nem rodado!!!!”

Minha cabeça simplesmente quicou no travesseiro, tamanho cagaço. Demorei alguns segundos pensando no Fantasma do Mesquinho Sarcástico Nefasto até reparar que o alerta-característico-de-recebimento-de-mensagem-em-janela-inativa-do-MSN supracitado vinha do andar de cima (do vizinho do 401, não do além) o que era mais do que esperado, afinal como eu já disse, todo mundo tem MSN.

Me indignei! Levantei, tomei uma ducha, religuei o PC e o pesadelo havia acabado. Consegui rodar o Mesquinho Sarcastico Nefasto e consegui Switchar!!!!!

União Européia

Um projeto legal a longo prazo: comprar camisetas dos times para os quais torço/simpatizo em campeonatos europeus.

Do Manchester United, o favorito, já tenho. Falta uma da República Tcheca, para a Euro 2008/Copa 2010, uma da Juventus para o italiano, uma do Lyon para o francês, uma do Bayern de Munique para o alemão e uma do Barcelona Atlético de Madrid para o espanhol.

Ééééé amigo… Natal!!!

Falar que o espírito natalino está distorcido já é chover no molhado. Falar que natal é uma data comemorada muito mais pelo comercio do que pela família é tão clichê que parece papo de “pseudo-revolucionarista”. Mas o que eu vi esta manhã na televisão me chocou de maneira tão brutal que me fez parar para pensar. Pensar e escrever aqui.

A garota propaganda do Carrefour apresentou um quadro em seu programa matinal da globo com a ajuda de seu patrocinador que elevou à máxima potência essa tendência comercial anti-harmônica que a data passou a apresentar.

O quadro consistia em uma corrida entre duas famílias dentro do supermercado. Pai, mãe e criançada deviam fazer um rancho de forma voluptuosa e compulsória – até aí nenhuma novidade. As compras deveriam somar R$4.000,00. Quem se aproximasse mais do valor, levaria tudo; a outra família devolveria os produtos.

Antes da conferência no caixa, os “repórteres” do programa entrevistaram os concorrentes:

“repórter”: o que você conseguiu comprar aí?
criança sorridente: um DVD!!!

Passando pelo caixa, a criança sorridente descobre que sua família não ganhou a competição. Seu sorriso começa a perder o brilho até que…

Até que a câmera corta para a festa da família vencedora. Natal! clima de festa! Alegria povo!!

Se já é difícil tirar presente de adulto, fico imaginando o feliz natal daquela criança sorridente que iria ganhar um DVD. Esse é só mais um exemplo verídico de como a exploração das emoções banaliza instituições outrora tão puras e belas quanto o Natal. Até tentei por a mão na consciência e calcular a minha proporção de culpa nesse cenário. Acho que boa parte da resposta está no que me fez parar o pensamento na hora: Minha irmã ligou para busca-la onde ela estava fazendo suas compras de fim de ano.

Ano novo é época de reflexão (não diga…), depois do programa deu vontade de refletir sim, mas de achar um modo de agir também! De fazer alguma coisa contra essa tendência de banalização do mundo em suas diversas facetas! Criticar e comentar, como estou fazendo agora já é um começo, mas não basta!

… acho que esse clima de festas deve ter impulsionado meu lado humano… talvez daqui um curtíssimo espaço de tempo eu ache metade do que estou escrevendo nesse momento um punhado de bobagens, mas eu tinha que escrever.

Bem informados

A CIA(serviço de inteligência dos EUA) oferece, no seu site, um guia chamado The World Factbook, que apresenta informações sobre praticamente todos os países do mundo.

Vendo as informações referentes ao Brasil, encontra-se (negrito por minha conta):

Population: 188,078,227
note: Brazil conducted a census in August 2000, which reported a population of 169,799,170; that figure was about 3.3% lower than projections by the US Census Bureau, and is close to the implied underenumeration of 4.6% for the 1991 census; estimates for this country explicitly take into account the effects of excess mortality due to AIDS; this can result in lower life expectancy, higher infant mortality and death rates, lower population and growth rates, and changes in the distribution of population by age and sex than would otherwise be expected (July 2006 est.)

Lendo essas informações alarmantes, você vai conferir, e vê que taxa de infecção pelo HIV no Brasil é de absurdos 0,7%, contra uma taxa americana perfeitamente controlada de… 0,6%. Em se contando o número de mortes causadas pela AIDS (mortes/infectados), o índice americano fica em 1,5%, contra 2,2% do Brasil. Maior, sem dúvida, mas nada comparado à “excess mortality due to AIDS” do texto.

O mote para esse post foi tirado da CartaCapital, e essa consideração também: provavelmente o texto brasleiro sobre a mortalidade excessiva causada pela AIDS deve ter saído de alguém com muitos pré-conceitos na cabeça, depois de algumas parcas buscas no Google. Ou seja, absolutamente confiável.

Bem informada, essa CIA.

Eu queria botar fogo no Louvre

Sempre fui surfista: desde piá, eu, meu irmão e alguns amigos (entre eles o Giordano, convenientemente apelidado de “Jordan”) pegávamos os MÓREIS e adentrávamos no mar para apostar corrida a cada onda grande que aparecia (o que, convenhamos, é muito mais divertido do que pegar uma prancha e ficar virando pra lá e pra cá).

Mas a maioria das pessoas hoje em dia simplesmente faz o que tem que fazer – prova disso é que o mórei virou “bodyboard”, tornando-se um esporte respeitado. E chato. Todo mundo segue as regras, e eu sei que algumas pessoas dizem que “Regras foram feitas para ser quebradas” como forma de justificar uma idiotice, mas isso também é uma regra. Falta um pouco de Tyler Durden por aí, não no sentido de explodir as sedes de cartões de créditos, mas de questionar “Por que não pode ser assim?”. Aliás, a maior prova da chatice do mundo é o Materazzi ter sido punido por xingar o Zidane.

Tudo isso pra dizer que entro em férias durante uma semana. Eu queria que fosse mais tempo, claro – as férias do sport club duraram vinte anos, por exemplo – mas não posso reclamar. Tenho andado muito cansado e, o que é pior, politicamente correto demais. Talvez dez dias acordando às duas e meia da tarde possam me tirar um pouco dos eixos. Terrorismo criativo e engraçado soa bastante sedutor, mas talvez possa deixar só a parte que diz “criativo e engraçado”.

Se bem que a gente nunca mais “adotou” cones abandonados na rua.