O que você vê?

Eu tava viajando pela net agora, e caí num site sobre marcas que interage com o público a medida que vai mostrando logos e deixa um espaço para que se defina a marca com uma palavra.

Segundo os organizadores, a idéia do site é que uma marca é definida pelo que o público diz que ela é, numa dimensão que extrapola a intenção e o controle de seus criadores.

Achei a idéia bem legal, apesar de não ter contato com os resultados da experiência. Resolvi então trazer ela aqui pro cataclisma 14 utilizando uma categoria bastante específica de marcas: os escudos de times do futebol brasileiro.

Periodicamente, colocaremos um time diferente aqui no blog e os leitores vão poder defini-lo em uma palavra nos comentários. Pode ser qualquer palavra: adjetivo, substantivo, nome próprio, enfim… e os comentários podem ser anônimos. Vai ser interessante ver o tipo de reação que um determinado clube (ou simplesmente seu escudo) desperta.

Para começar,

Ai se a moda pega..

Já vi coisas bizarras em termos de uniforme de futebol (pois coleciono algumas), ou ainda em termos de dribles, mas as duas coisas juntas nunca. Tentar enganar o adversário fingindo correr de costas, foi a primeira vez…

Sim, porque isso com certeza deixa o jogador adversário mais atordoado do que aquela camiseta “marca-texto” do Palmeiras, combinamos né..

Abraço.
Bruno

Genial

“A CNN dividiu a tela em duas durante o debate presidencial ontem à noite, mostrando os dois candidatos, Barack Obama e o John McCain, o tempo todo. De um lado da tela tinha um homem negro e jovem, e do outro um homem branco e velho. Era como o antes e o depois de Michael Jackson!”
David Letterman, às vezes genial

Times are a-changin’

Em abril de 1970, durante a ditadura, uma série de objetos estranhos apareceram flutuando nas margens do rio Arrudas, em Belo Horizonte. Tais coisas lembravam corpos ensanguentados, como se tivessem sido lançados ao rio de madrugada, com uma trilha de suspense ao fundo e um dos capangas com cara de italiano. Mas divago. Na real a função toda foi obra do artista plástico Arthur Barrio, que amarrou algumas trouxas, cortou a facas e inseriu tinta vermelha no meio da brincadeira. A idéia do cara era conscientizar a galera dos DESOVAMENTOS de corpos que eram assassinados nas prisões militares.

Agora imaginem hoje em dia: o cara tá lá, caminhando, quando passa perto do rio e enxerga algo estranho. Se aproxima. Então percebe que parecem corpos. Vai mais perto só pra ter certeza antes de ligar pra polícia reportagem do Fantástico, e aí vê que é tudo falso. Qual a primeira coisa que vai passar pela cabeça do sujeito?

Isso mesmo, ele vai pensar “maldição, mais um desses marketings de guerrilha”. E, o pior, provavelmente estará certo.

Leis de Murphy

– Toda bola que voa em direção ao Orteman encontra um lance bizarro;

– A melhor forma de parar uma jovem promessa do futebol é botar o interesse de um grande clube europeu nele;

– Se houver quatro formas de algo dar errado, e você driblar as quatro, um Helder surgirá do nada;

– Se algo pode dar errado, dará; se algo não pode dar errado, dará; se algo deu certo, Soares dará um jeito de voltar no tempo e fazer com que dê errado;

– A linha de impedimento sempre cai com a manteiga virada pra baixo, fazendo lambança na defesa;

– Lei do futebolismo: com Celso Roth, é sempre morro acima, contra o vento, debaixo de chuva, na neve, com vontade de mijar, na marcha mais pesada e sem papel higiênico.

O horror

Stealth – Ameaça Invisível
1/5

Direção: Rob Cohen
Roteiro Cenas jogadas aleatóriamente na “história”: W.D. Richter

Elenco:
Josh Lucas (Galã que sorri até quando leva tiro)
Jessica Biel (Interesse romântico do galã que aparece de biquini)
Jammie Foxx (Caricatura)

Caros amigos da Columbia Pictures (produtora), Buena Vista International (distribuidora), Rob Cohen (diretor/produtor), W.D. Richter (“roteirista”), Universal Channel (canal que transmitiu o filme), NET (empresa que disponibilizou o canal que transmitiu o filme), BlueSky (fabricante da minha televisão):

EXIJO um pedido de desculpas FORMAL, a ser veiculado nas principais mídias do país, pelas duas horas da mais absoluta DEMÊNCIA FÍLMICA à qual fui submetido – e, mostrando que a natureza humana realmente é hipnotizada por tragédias, me senti COMPELIDO a assistir até o final essa cria cinematográfica de satã. Foi necessário um esforço descomunal para não reunir uma multidão furiosa com tochas e queimar vivos os envolvidos na produção, sob a acusação de bruxaria. Afinal, não é qualquer um que transforma um orçamento de cento e trinta milhões de dólares em DOR FÍSICA nos espectadores.

Que Deus tenha piedade da alma de todos vocês.

0.390 s

Na noite desta quinta feira foi realizado o primeiro treino no circuito de Xangai, na China. Nos tempos, Lewis foi o melhor, cravando 1.35.630 como a melhor de suas 23 voltas. Felipe foi o segundo com 1.36.020. Kimi e Heikki ficaram logo atrás, com suas Ferrari e McLaren respectivamente.

Já houve um segundo treino durante a madrugada e até agora, na soma de todas as voltas, Lewis foi o único que baixou de 1 minuto e 36 segundos. No segundo treino, a melhor volta de Lewis foi de 1.35.750. Mas os 390 milésimos que separam os melhores tempos de Felipe e Lewis não assustam tanto, apesar de, na Fórmula 1, essa ser uma diferença razoável.

Alonso recuperou bastante seu tempo do primeiro para o segundo treino, assim como Nelsinho Piquet. Ambos fizeram mais de 36 voltas no segundo treino e colaram no tempo de Felipe Massa, baixando de 1.36.100.

Mas o interessante de ver no primeiro treino (de 80 minutos) é ver como os pilotos se saem no primeiro contato com a pista. As primeiras voltas mostraram que o Felipe está com o carro bem equilibrado, apesar de aparentar ter pouca asa. Foi da Ferrari a melhor velocidade em reta com certeza no primeiro treino, com Kimi passando de 316km/h e Felipe de 315 km\h. O “radar” da velocidade está, no mínimo, uns 50 metros antes da freada. No mínimo. Isso dá mais certeza a afirmação sobre a asa. Isso é muito bom para o brasileiro!

As primeiras tentativas de Felipe foram suficientes para que o carro atingisse a marca de 1.36.020. Não havia dado 10 voltas para chegar a este tempo. Nesse meio tempo, Lewis rodou, escapou a dianteira, subiu demais na zebra e não passou o tempo da Ferrari. Foi depois de parar nos boxes, rever tudo e voltar com um acerto que deixou o carro um pouco mais rápido nas retas que Lewis baixou dos 1.36. Mesmo assim Lewis parece mais nervoso quando corre. A essa hora Felipe já estava acertando outra coisa. Com aparente mais gasolina, a Ferrari começava a buscar um acerto para a prova ou utilizava os pneus para deixá-los no ponto para os treinos de sábado, pois é preciso de 3 a 5 voltas para aquecê-los.

Conclusão:

Ficou bem claro uma coisa: Felipe não jogou o carro no limite. A sua Ferrari parece bem acertada, mesmo quase 4 décimos mais lenta do que a McLaren nos tempos oficiais. Lewis brigou com o volante para fazer um ótimo tempo e jogar a pressão para o lado da Ferrari. Parece mais próximo do erro que Felipe. Kimi é outro que não conseguiu fazer o tempo sem dar umas escapadas e pareceu ter tirado bastante asa, descolando mais o carro do chão e aumentando a velocidade em reta, para baixar dos 1.36.100.

Aposto numa corrida bem disputada entre os líderes do campeonato, diferente do que os tempos mostram, e torco para o Brasil se sair bem, principalmente com aquele piloto que ainda busca o título para o páis, 17 anos depois do tricampeonato de Ayrton Senna.

O treino classificatório será as 3h da manhã, entre esta sexta e o sábado. Abraço!

Causa e consequência

Robinho dribla um EQUATORIANO e CRUZA ERRADO -> Robinho é ovacionado por isso -> Robinho, mais uma vez, torna-se sinônimo do “futibol muléqui” -> Em dia de jogo do Brasil, o Globo Esporte passa duas vezes o lance onde Robinho dribla um EQUATORIANO e CRUZA ERRADO -> Robinho vira titular inquestionável e “símbolo” da equipe -> O Brasil, sem raça, sem talento, sem time, sem vergonha na cara, empata com a medíocre Colômbia.

ST?D

E mais uma vez forças externas são aplicadas ao Campeonato Brasileiro. Nos julgamentos de hoje, o melhor sistema defensivo da competição foi desmanchado. O Grêmio teve três titulares suspensos, dois deles banidos até o fim do ano. Enquanto isso, jogadores que vestem verde protagonizam cenas mais violentas e são absolvidos sem a menor cerimônia. Não há mais suspeitas sobre beneficiamentos nos veredictos, há certeza.

E não estou reclamando por ser torcedor do prejudicado da vez. Colorados, 2005 com certeza foi, no mínimo, um campeonato tão inesquecível quanto 75,76 e 79.

Tudo é descarado. Uma bagunça das mais organizadas que vira tudo de cabeça pra baixo em nome de interesses bem definidos. Alias, o título desse post ja deixa isso bem claro: o ponto de interrogação é um jota de pernas para o ar. E se a justiça está invertida, qual seria a melhor substituta para a palavra dentro da sigla? O que significa o “J” do STJD?

Qual deve ser o nome mais adequado do órgão que decide os torneios de futebol no Brasil? Envie sua versão! Ela pode virar cartaz nos próximos jogos no Olímpico.

Em tempo: não estou entregando os pontos. O Grêmio vai sair campeão! Só que hoje conheceu seu adversário mais poderoso…

Bota contra, oriente!

Fui num restaurante chinês esses dias, ali na Getúlio Vargas. Ao entrar, deu pra ver uma decoração quase típica: bastante vermelho, letras do alfabeto parecidas com desenhos, dragões e uma multidão ao fundo gritando “Free Tibet”.

Ao entrar, de cara percebi a música descomunalmente chinesa, tão chinesa, mas tão chinesa, que parecia falsa. Já o buffet tinha bastante variedade, sempre com molhos estranhos e nomes mais estranhos ainda. Me fez pensar no choque de culturas e na falta que um bom ketchup faz. Difícil olhar pra certas coisas e ter vontade de comer elas em estado de plena consciência.

No entanto, me virei. E vejam o que constava no meu prato quando acabei de me servir: alface, tomate, cenoura, beterraba, arroz (com o mínimo de intrusos verdes e vermelhos possíveis), massa (idem arroz), carne e BATATA FRITA.

Sim, batata frita, com um copo de Coca-Cola. Sou o ápice da OCIDENTALIDADE. Mais cinco minutos ali e, aposto, eu teria conseguido um hamburguer. Além de um abaixo-assinado com 4 bilhões de assinaturas pedindo pra parar com essa história de comer cachorro.