Série Alta Jogabilidade

Título: Rock’n Roll Racing
Plataformas: Mega Drive (a.k.a. Genesis), Super Nes e roms no pc.
Fabricante: Blizzard
Qual é a do jogo: Diversão absoluta. Corridas em mais de 50 pistas, opções para melhorar o carro com novo motor, suspensão, blindagem, turbo, minas e MÍSSEIS! Sim, eu disse MÍSSEIS! Trilha sonora impecável. Visão isométrica, popularmente conhecida como “lá de cima, mais ou menos na diagonal” ou “Tele Cam”. O tipo de jogo perfeito para um churrasco com muita cerveja, carne e discussão sobre mulheres.
Por que jogar: Imagine-se dirigindo um carro em alta velocidade, ouvindo Black Sabbath no último volume e engatilhando um míssil para atirar em quem está na frente. Agora pare de sonhar, coloque o CARTUCHO no videogame e espere o narrador, emocionado, gritar “Que comece a carnificina!!”. Aí é cada um por si.
Por que não jogar: Se for atrapalhar a sua aula de costura, ou algo parecido, nem chegue perto.
Avaliação final: Ducaralho.

Me dá! AGORA!!!!

Acho que as pessoas estão confundindo as coisas: de acordo com a mentalidade atual, a palavra original adquiriu um novo conceito, parecido com idiota – mais ou menos que nem aquele cara que vai pro final da fila ao invés de simplesmente furar. Ou seja, se alguém esperar pra comprar um produto original, vai ser idiotice, pois havia como conseguir tal produto antes e de graça (isso não vale, claro, para artigos como roupas e acessórios, porque sede não é nada, imagem é tudo).

Por exemplo: sendo um grande fã do cineasta M. Night Shyamalan, fiquei acompanhando com expectativa as notícias, fotos, trailers, novidades e tudo mais que envolvia A Dama na Água – e quando o pessoal lá dos ÚSA finalmente teve a oportunidade de assistir, evitei todas as críticas e comentários pois ainda levaria um mês para o filme chegar em terras tupiniquins. Claro, muitos brasileiros simplesmente baixaram e assistiram à película antes, mas já falei que no cinema é inigualável e, como fã, sabia que aproveitaria muito mais se tivesse um pouco de paciência.

Por isso, juro que não entendo essa história dos fãs traduzirem o novo Harry Potter em questão de dias. Quer dizer, depois de seis livros e oito anos de espera, eles pegam uma versão qualquer e já vão lendo? Não estamos falando aqui de um roteiro de cinema, mas sim de uma obra literária com nuances, jogo de palavras, sutilezas… Mesmo o texto da J.K. Rowling, que é bastante direto, precisa ter uma tradução trabalhada. E como é que me colocam oitocentas pessoas pra fazer a coisa? Ninguém sabe qual é o tom da história, o tipo de vocabulário, o estilo da narrativa, porque cada um só participou de duas páginas.

A tradução oficial parece que só sai em novembro. É ruim esperar, eu sei, mas será feita por uma profissional que trabalhou em todos os livros da série. Pode até chegar alguém e dizer que é a mesma coisa, tudo igual, tudo em português, só que na verdade é esse tipo de pensamento que faz a diferença entre algo com qualidade e algo.

Não sou atleta, logo posto. vol XV

Volei de Praia feminino: um verdadeiro banquete de filés à milanesa.

Maratona Aquática: toda a dificuldade de uma maratona convencional elevada a maxima potência, pois o atleta não tem o direito de sentir câimbras.

Ginástica Rítmica: mulheres contorcionistas, capazes de feitos incríveis como coçar a orelha com o pé, tocar as próprias costas com os joelhos ou girar todas as partes do corpo simultaneamente em 180 graus e em direções diferentes. A cada competição de ginástica rítmica o kama sutra é reeditado.

Não sou atleta, logo posto. vol XIV!

Maratona: Pense em vários Forrest Gumps. Imagine dezenas deles. Pois é.

Tiro com Arco: Um remake de Guilherme Tell, só que sem a menor graça. Quem mandou tirarem a criança com a mação em cima e colocarem lá aqueles alvos redondos? Se eu quisesse ver alvos, ia atirar dardos no Shamrock – e ainda por cima podia tomar uma cerveja junto.

Vela: Uma canoagem para preguiçosos. Afinal de contas, se o vento está empurrando, o que raios eles fazem lá

Máicoun

Quando fui no cinema esses tempos, vi o cartaz de um filme chamado O Ex-Namorado da Minha Mulher – se vocês acham que é nome de comédia romântica, acertaram (e até estréia hoje por aqui, se não me engano). Mas enfim, logo abaixo tinha o título original, em inglês obviamente: um simples e contundente The Ex.

Agora vamos imaginar que a tradução fosse boa, e o título em português fosse apenas O Ex. Para um filme cuja proposta é colocar um antigo amor no caminho de um relacionamento, seria bem melhor. Quer dizer, se alguém falar “Lá vem o ex” parece muito mais assustador do que “lá vem o ex-namorado da minha mulher”. Tem muito mais presença, muito mais impacto (O Ex até poderia ser um filme de terror, sobre um cara obcecado pela mulher… na verdade, deve ter algum assim por aí).

Isso nos faz pensar nos títulos que as películas recebem aqui no Brasil, e como nomes tipo Lost In Translation viram absurdos tipo Encontros e Desencontros. Então resolvi investigar para descobrir exatamente quem traduz, quem escolhe qual é o melhor, bla bla bla. Mas não foi preciso, já que após algumas horas de raciocínio lógico cheguei à inevitável e brilhante conclusão: tudo é feito por um software.

Explico: um estagiário qualquer pega o título original e joga no programa (enquanto conversa no msn e acessa o orkut). Aí ele seleciona uma das opções (Comédia; Drama; Ação; Suspense), clica em “traduzir” e pronto, ali está mais um nome facilmente vendável.

Vamos pegar Sin City, por exemplo. O cara põe o título ali no espaço apropriado e, clicando em “Comédia”, me sai com algo como Uma Cidade do Barulho; se for “Drama”, Os Pecados dentro de Nós; “Ação”, Matar ou Morrer em Sin City; e “Suspense”, Pecados do Mal. Mas como Sin City já era uma obra reconhecida antes de ser adaptada, ou seja, tem fãs chatos, o estagiário pode apelar para o botão “E agora?”, que basicamente mantém o original e traduz ao mesmo tempo. Ficamos, então, com Sin City – Cidade do Pecado (o mesmo processo foi usado em Match Point – Ponto Final, do Woody Allen). O título em inglês está lá, então os fãs não podem reclamar, e o título em português está lá, então os produtores também não podem reclamar. Todo mundo sai feliz.

Claro que, no final das contas, o que interessa mesmo é a comercialidade da coisa, o que pode ser também um tiro no pé (eu nunca imaginaria que um filme chamado Um Cara Quase Perfeito – em bom inglês, Man About Town – seria inteligente e engraçado). Até entendo que o título é importante para atrair gente e tal, mas por favor, como se vai de Annie Hall para Noivo Neurótico, Noiva Nervosa? Bem que podia dar a louca no pessoal da tradução, vai que as coisas melhoram…

Não sou atleta, logo posto. vol XIII

Levantamento de Peso: Macho mesmo é quem vai no treino desses caras e berra: “Tudo frutinha!”. Isso devia constar naquela lista de coisas que nao se pode deixar de fazer na vida, mas tem que estar entre as últimas…

Carate: Tipo o jogo Street Fighter, mas sem hadoukens, shoryukens e “tátátárúguens”

Canoagem: Uma das maiores gratificações existentes no esporte deve ser praticar uma modalidade como essa e, em caso de fracasso, poder dizer aos companheiros “É gurizada, parece que a gente entrou em uma canoa furada…”.

Repentino

Empate em 0 x 0. A seleção do teu país pode conseguir uma vaga histórica na final do torneio. Ela vence a seleção favorita por 4 x 3 nas penalidades. A grande final é agora uma realidade. O país, antes dividido por forças políticas, religiosas, bélicas, hoje é um só, num sentimento de orgulho que contagia a todos. As pessoas nas ruas vibram, comemoram, festejam, esquecendo por alguns instantes todo o sofrimento pelo qual passam diariamente. Toma conta de todos uma enorme felicidade que…

Booom.

Globalization

Essa peça fazia parte de um estande localizado no shopping Praia de Belas, cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Não sei se era apenas propaganda ou se teria algum evento, pois até um tapete vermelho estava estendido ali. Enfim:

Reparem que, de acordo com o que dizem as palavras em cima de “top model”, a vencedora não será brasileira, mas sim brazilian.

Buzz

(Quinta-feira… de novo)

Em leitura a esse post do Brainstorm #9, resolvi trazer à tona uma discussão sempre presente no mundo da internet: a capacidade que o universo virtual tem de gerar buzz marketing para determinadas empresas e/ou projetos, principalmente através de blogs, flogs e do YouTube.

No post (para os preguiçosos de plantão), o Merigo fala de Cloverfield, que é como está sendo chamado o novo projeto cinematográfico de um tal de J.J. Abrams. Toda essa polêmica foi gerada em função de um misterioso trailer-surpresa exibido antes de Transformers nos EUA. Sem atores famosos, sem o nome do filme, só com a data de estréia: 18/01/2008. E foi o suficiente.

Como meu objetivo aqui não é gerar buzz, mas sim refletir a respeito, deixo pra vocês darem uma olhada no que há online: o site oficial, alguns sites paralelos, conteúdo no YouTube e uma ou outra coisa no Omelete. Especulações, mistérios, blá-blá-blá.

Duas coisas me impressionam profundamente nesse tipo de coisa. A primeira é a capacidade absurda que a internet tem de, da noite para o dia, aparecer com um monte de conteúdo sobre algo que ainda não existe. Capacidade de especulação gigantesca. A segunda coisa que me impressiona é a disposição que as pessoas apresentam para gerar marketing de graça, só para se sentirem integradas ao processo de “making of” de um filme – nesse caso, um filme do qual não se sabe praticamente nada.

Pessoas trabalhando pra uma grande corporação… Vi isso antes em algum lugar.