De que vale uma Série D?

Cinco times do Gauchão desistiram de disputar a Série D do Brasileirão aqui pelo RS. De fato, está bem claro que o torneio não tem valor nenhum para patrocinadores bancarem essas despesas para os clubes, despesas um tanto maiores daquelas do campeonato local. Se repararem, basicamente são empresas locais que apoiam os clubes do interior e que ganham um pouco de nome além das fronteiras citadinas quando aparecem nas mangas das camisetas pela TV, o que compensa o gasto. Ou então é uma grande empresa que patrocina, de rodo, todo mundo. Quais estão dispostas a bancar uma equipe na série D, sem TV (e nem a reprise dos gols no Lance Final??) para viagens além do Mampituba? Alguém consegue ver alguma lógica nisso?

José Maria Marin : Presidente da CBF

Penso ser horrível um torneio com tantos clubes, mas sim, é necessário repensar a Série C com 60 clubes. Sugiro que dividida em duas fases: uma com os 56 clubes que hoje disputariam a Série D e a Série C (exceto os 4 rebaixados), divididos em pequenos grupos – por exemplo, com 7 em cada – , brigando por 16 vagas em uma segunda fase. Estes 16 classificados se juntariam aos 4 rebaixados da Série B e dariam continuidade ao campeonato até o final, com 20 times, como nas Séries A e B. Com isso, 4 clubes sobem e os 16 restantes desta fase, pelo menos, mantêm o direito de estar na Série C do ano seguinte (na primeira fase), junto com os 4 rebaixados da Série B (estes entrariam na segunda fase de novo), sem precisar disputar outro torneio classificatório para isso (que trazem os outros 40 que faltam todos os anos).
É ruim? É! Tem time demais e lugar de menos, mas aqui no Brasil não se pode negar o pessoal de jogar uma bolinha aos finais de semana, né?

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2012 chega então nas primeiras finais do futebol brasileiro, além, é claro, da final da Liga dos Campeões da Europa, no próximo dia 19, sem favorito “favoritaço!”.

Não podia deixar de comentar, a facada no Guarani pelo Campeonato Paulista. O fato da Federação Paulista de Futebol ser a mandante dos jogos, e não os clubes, obrigou o Guarani a aceitar jogar as duas partidas finais fora de seu estádio, inclusive da cidade de Campinas, o que tira boa parte de sua força, inexplicável em poucos esportes da forma como vemos no futebol, que se faz pelo “jogar em casa”. Uma pena para uma equipe que lutou bravamente para estar entre os 4 melhores da primeira fase do campeonato – e conseguindo – a fim de ter melhores chances na reta final. Mas o “canetaço” é mais forte quando tratamos da entrega da taça, o que ocorre nas finais. Uma M… de canetaço ainda hoje em dia! Quando é que vamos parar de ver destas?
É isso. Bons jogos, boa torcida e boa secadinha básica pra quem me acompanhar domingo na tela da RBSTV…