Destruição e diversão em massa

2012

3/5
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Roland Emmerich e Harold Kloser
Elenco
John Cusack (Jackson Curtis)
Amanda Peet (Kate Curtis)
Chiwetel Ejiofor (Adrian Hamsley)
Woody Harrelson (Charlie Frost)

Indignado com os protestos pela liberação do bronzeamento artificial, o sol manda umas partículas estranhas pra Terra. Isso faz com que o núcleo da nossa bolinha azul fique descontroladamente bêbado (aliás, a culpa é sempre do núcleo. Ele é o regime nazista dos filmes-catástrofe. Mas divago) e comece a atirar placas tectônicas pra todo lado à revelia. Enquanto isso, acompanhamos uma família tentando fugir da catástrofe e, no processo, curar suas próprias feridas (essa frase ficou profunda. Muito mais do que o drama familiar no filme, podem acreditar).

Nem Bin Laden, nem Carlos Chacal, nem Celso Roth: o terrorista mais procurado pelo FBI devia ser Roland Emmerich. Após dar um chute nas bolas da Terra em Independence Day e derrubá-la no chão em O Dia Depois de Amanhã, o diretor agora veio pra finalizar o planeta com este 2012. A escala de destruição gigantesca faz com que os ataques às torres gêmeas pareçam uma partida de gamão. É uma sucessão vertiginosa de CGI e maquetes sendo esmagadas – e o fato de ser uma série de “catástrofes naturais” permite que a galera utilize terremotos, vulcões, tsunamis, etc. É como uma criança cheia de açucar no sangue tendo uma cidade de miniatura pra brincar.
Entretanto, o manual do roteiro Hollywoodiano diz que tem que haver drama, e emoção. Aí da-lhe a enfiar cenas de pessoas se despedindo, chorando, câmera lenta, tudo isso sem nenhum carisma. São tentativas completamente apelativas de fazer o espectador se importar com alguém, quando, na verdade, todos os núcleos dramáticos possuem a força de uma Itaipú. Só o John Cusack consegue se salvar, com seu excelente timing cômico e sua espantosa capacidade de tornar um protagonista absurdo em uma pessoa crível. O resto é recauchutagem de outras películas onde os efeitos eram mais importante do que as personagens. Temos, por exemplo, a criança que chama o pai/mãe pelo nome (sério, vocês já conheceram alguém assim?), a criança que possui uma certa obsessão com algo irrelevante (“vamos dar uma tara por chapéus à uma das protagonistas, isso deve torná-la mais HUMANA”), o idealista que faz o discurso emocionado no final (no caso, um doutor provavelmente formado em CIÊNCIAS DISNEYCAS), o político malvado e gordo (jamais subestime o poder de ameaça de bochechas), e por aí vai. No meio de ondas gigantes, não há espaço para profundidade.
E por falar em ondas, é impressionante não apenas a qualidade dos efeitos especiais, mas também a capacidade que Roland Emmerich tem de destruir tudo sem pudor nenhum. Desde a sequência do trailer fugindo do vulcão, até uma arca de noé eletrônica batendo no Everest, passando pelos aviões atravessando nuvens de cinzas, tudo é colocado em uma escala gigantesca, sem com isso soar falso. A primeira das grandes sequências, onde John Cusack dirige alucinado uma limousine enquanto a cidade PEDE PRA SAIR e vai se destruindo sem sentido nenhum, é digna de receber um mosaico em um estádio de futebol. Tensa, frenética, liga todos os atributos AVENTURESCOS no nível 99, chegando perigosamente perto de fazer a própria tela de projeção e o cinema onde o filme está passando beijarem o solo.
O único porém com relação às cenas de ação é que a partir da metade elas deixam de impressionar tanto e tornam-se até relativamente burocráticas. Devia existir uma linha de grandiosidade, passando das rachaduras no chão até a destruição absoluta, para que o espectador ficasse sempre apreensivo com relação ao que está por vir. Digo, não existe muita coisa que vai arregalar os olhos de alguém que acabou de ver a cidade de Washington levar uma VACA de uma onda gigante. Ainda assim, esse fetiche pela tragédia que todos temos torna a experiência assaz divertida, principalmente quando conferida na telona (imagino que, no dvd, o filme deva passar de 2012 pra apenas 12).
Ah, e uma dica: prepare-se para sair rápido da sala. Com tanta água indo e voltando ao longo do filme, é inevitável a vontade de tirar água do joelho. E as filas do banheiro acabam sendo maiores do que as ondas de 1.500 metros que aterrorizavam a humanidade até alguns minutos antes.

A maior ideia de todos os tempos

Pensei, repensei, pensei em repensar, mas a realidade me atingiu como um martelo nos dedos de alguém sendo interrogado: simplesmente me falta talento para apresentar tamanha grandiosidade de forma digna. Certa vez, Douglas Adams disse Há um momento em cada alvorecer quando a luz flutua; lá está a possibilidade de mágica. A criação prende sua respiração. Posso apenas concluir que essa ideia, esse pequeno big bang que estou tentando apresentar, surgiu do primeiro alvorecer deste mundo, quando a criação soltou o ar e viu ele se condensar em formas e conceitos perfeitamente perfeitos.
Porque, tal qual na inesquecível cena de O Poderoso Chefão, o site Horse Head Pillow permite a qualquer pessoa comprar uma cabeça de cavalo de pelúcia e jogá-la de forma GODFATHERIANA na cama de seus amigos (ou inimigos, como queiram).
Senhoras e senhores, estamos testemunhando o ápice da humanidade. E devo confessar: é muito além de tudo que jamais ousei imaginar.

Mulheres em chamas

Em uma ação digna de figurar nas páginas do Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams, um bando de mulheres laranjas saiu às ruas de Porto Alegre protestando contra a proibição do bronzeamento artificial. Aparentemente ignorando a existência daquela bola amarela e enorme lá no céu, ou descartando-a apenas por ser um serviço público (coisa de pobre e tal), a matilha de loiras cruzou as ruas com cartazes do tipo “sou dona do meu corpo”, “o mundo libera? o Brasil proíbe?” (também não saquei a pontuação), e o meu favorito, “voltamos à ditadura”. Acredito que todos lembram das constantes intervenções do governo militar em questões estéticas, e como foi isso que tornou aquele período da história o horror, o horror.
Loiras pedem privatização do Sol, e só não queimaram sutiãs porque marquinha de bronzeamento é sexy.
É a mais intensa e pertinente manifestação desde que o sindicato das pombas exigiu árvores com mais galhos. Achei que a brigada fosse sair descendo o cacete, como sempre – o que seria irônico, já que as oxigenadas provavelmente querem se bronzear pra tentar levantar algum cacete (solo de bateria) -, mas a violência ficou só no jogo do Fluminense, mesmo. Apesar dos protestos, a Anvisa, que proibiu as maquininhas de radiação com base em um estudo envolvendo coisas superficiais como SAÚDE, disse que a decisão permanece (espanto geral).
Agora, a pergunta que realmente não quer calar é a seguinte: o que um HOMEM está fazendo no meio da balbúrdia? Eu realmente espero que o sujeito tenha participado apenas na tentativa de criar simpatia com as protestantes e levar uma delas pra cama, e não, por exemplo, porque quer chegar em janeiro já com a “cor do verão”.

Lua Nova, filme minguante

Lua Nova (The Twilight Saga: New Moon)
2/5
Direção: Chris Weitz
Roteiro: Melissa Rosenberg, baseada no livro de Stephanie Meyer
Elenco
Kristen Stewart (Bella Swam)
Robert Pattinson (Edward Cullen)
Taylor Lautner (Jacob Black)

Basicamente, Lua Nova é uma temporada inteira de Malhação condensada em duas horas e somada com alguns monstros clássicos do cinema (vampiros, lobisomens e, o pior de todos, diálogos risíveis), além de dramalhão rasteiro suficiente para desativar o cérebro de uma pessoa.

Vocês já assistiram ao divertido Ele Não Está Tão Afim de Você? A protagonista de Lua Nova não. Seria algo como “se o seu namorado vampiro disse que vai se afastar para proteger você, ELE NÃO ESTÁ TÃO AFIM DE VOCÊ! Se o seu pretendente lobisomem disser que vai embora para a sua segurança, ELE NÃO ESTÁ TÃO AFIM DE VOCÊ!”. E o filme é basicamente isso: a mina toma toco do chupador de sangue, depois do pulguento, fica se lamentando pelos cantos e então entra uma cena de ação com efeitos especiais pra justificar o orçamento.
Lua Nova não tem uma história. Se o sujeito for um arqueólogo, ele até consegue escavar algo ali – o estabelecimento dos lobisomens na narrativa, por exemplo. Mas simplesmente não há atenção nenhuma pra isso. O que acontece é Bella choramingando o tempo todo por um vampiro purpurinado (que fatalmente torce pro São Paulo). E acredite, quando estão juntos, a coisa é ainda pior. Caso a moça se atrase cinco minutos para um encontro, Edward dirá “esperar por você estes cinco minutos foi a coisa mais difícil que fiz em 100 anos”. Se ela pede pra mudar de canal na TV, ele concorda e diz “você é tudo pra mim, farei o que você quiser, até assistir Hebe”. Parece que todos os diálogos do filme são trechos de músicas sertanejas.
Então, como vocês devem imaginar, a película não flui muito bem. Aliás, ela não flui. Aliás, na verdade, ela é uma das melhores metáforas para aqueles congestionamentos bíblicos no trânsito de São Paulo – inclusive quero lançar aqui oficialmente a nova gíria, a ser usada em situações como “querida, sinto muito, vou chegar tarde, estou em um engarrafamento LUA NOVA aqui”. E a tentativa de dinamizar a coisa tocando músicas de bandas conhecidas e deprês a cada cinco minutos só piora tudo. Sério, eles realmente imaginaram que uma trilha pra baixo e uma fotografia meio monocromática seria suficiente pra tornar o filme “profundo”? Vamos lá, que tal um pouco de consideração pela inteligência do público? Se bem que não dá pra esperar muito de uma obra onde, após a cena onde todos vêem o garoto Jacob se transformar num VIRA-LATAS VITAMINADO, a mocinha chega pra ele e pergunta “então, você é um lobisomem?”. Pro caso de alguém confundir a transformação com alguma outra doença, tipo mononucleose ou gripe A.
Quanto ao elenco, não há muito o que dizer. Robert Pattinson limita-se a fazer beiço, cara de pidão e olhar pra baixo, um eterno torcedor do Fluminense esperando a glória que jamais virá. Taylor Lautner é praticamente um action figure, cujo trabalho é passar a projeção toda sem camiseta e sugar imediatamente qualquer carisma que a cena poderia ter, além de acreditar que PENDER PARA A DIREITA é um artifício dramático. Kristen Stewart é a mais pertinente, uma vez que faz cara de entediada o tempo todo, entendendo perfeitamente como o espectador se sente. A única que consegue eventualmente retirar a cena do limbo é Ashley Greene, que interpreta a empolgada Alice, irmã do Edward. Mas como isso tornaria o filme mais ALEGRE, ou seja, RUIM, a moça é escanteada durante boa parte do tempo.
Lua Nova só se beneficia em relação ao filme anterior, Crepúsculo, por contar com um diretor mais imaginativo. Aqui e ali Chris Weitz consegue fazer uns planos mais bacanas, umas sequências quase assistíveis (a da luta na Itália, por exemplo), uma ou outra idéia que não atinge o fundo do poço. Mas, no geral, é o mesmo dramalhão mexicano que seu antecessor, apoiado por uma mesma campanha de marketing extremamente eficiente. Sem falar na ode à castidade que permeia as duas películas.
Se bem que, parando pra analisar, a protagonista da série é disputada por um morcego e por um cachorro. No final das contas, isso não é ode à castidade. É zoofilia das brabas.

Envelheço na cidade

Qualquer hora dessas vou achar um jeito mais STÁILE de contar os anos. Talvez em gols decisivos, aqueles que fazem o cara tirar a camiseta do time e projetá-la alucinadamente contra o concreto do estádio diversas vezes, enquanto desfere todos os impropérios conhecidos pelo homem, e mais dois ou três inventados na hora. Ou então em shows de rock, que acabam nos tornando adolescentes outra vez e produzindo o que pode ser chamado de Efeito Crepúsculo: chegamos na fila horas antes do início, temos espasmos de alegria ao ver os astros, somos globalmente parciais na análise do evento e as pessoas menos aficcionadas suicidam-se de tédio porque só falamos sobre isso. Acredito que até algumas espinhas ROQUENROL devam surgir no decorrer do processo.

Outras idéias legais: marcar a passagem do tempo através dos livros lançados por Nick Hornby (nenhum conseguirá superar Febre de Bola. Entendo), sequências geniais nos filmes de David Fincher (a do quase atropelamento em O Curioso Caso de Benjamin Button; a do porão em Zodíaco; a câmera passeando por uma casa que tem O Quarto do Pânico; todo o Clube da Luta; etc) ou músicas estranhas que o Pearl Jam inventa de botar nos discos (se bem que o último não teve, já invalida a proposta). Fosse eu um sujeito mais dedicado à cultura, certamente colocaria as atualizações do Winning Eleven nessa lista.
Mas sou fraco. Eventualmente acabarei caindo em algum clichê bonito, como, por exemplo, contar os aniversários através das pessoas inesquecíveis que cruzam nosso caminho. E ficarei nele. Porque, na pior das hipóteses, seria um ótimo motivo pra tentar chegar até os 100 anos.

Uísque duplo

Histórias de faroeste tem me atraído tanto que resolvi escrever uma. Infelizmente, ainda não tenho conhecimento suficiente para construir aqueles míticos anti-heróis, que conseguiam ser ao mesmo tempo cativantes e perigosos. Para os bem-aventurados que quiserem se arriscar, o texto está lá no Imparciais.

Enquanto isso, vou assistir Os Indomáveis e O Assassinato de Jesse James, ir atrás de alguma prostituta com um vestido roxo brega e desafiar desconhecidos para duelos de revólver. Com licença.

Curtas

Trama Internacional – 2/5

Há um erro no título desse filme: as locações podem até ser internacionais, incluindo uma papagaiada sequência no museu Guggenheim, mas a trama é apenas banal.
O Sonho de Cassandra – 4/5
A boa dinâmica entre os protagonistas e a história tensa deixam o espectador bastante ACORDADO durante todo o filme. E é impressionante a calmaria dos momentos onde decisões monstruosas são tomadas, como se furacões fossem originados de ventiladores.
Duplicidade – 4/5
Pega vácuo na idéia de bandidos CHARMOSOS reconstruída por Steven Soderbergh e seus onze/doze/treze homens com segredos. No mais, a química entre Clive Owen e Julia Roberts é digna de um tubo de ensaio, os diálogos são afiados e a trama, ainda que meio absurda, desce como uma cerveja em um estádio de futebol. Nem a tentativa fracassada de fazer uma reviravoltazaça no final atrapalho o filme.
Tudo que Você Sempre quis Saber Sobre Sexo – 3/5
Alguns capítulos são mais excitantes do que outros, onde as tramas perdem um pouco o fôlego (mas não chegam a ser broxantes). No geral, Woody Allen mantém a brincadeira numa posição sempre agradável, e consegue com isso fazer um filme no mínimo gozado.
Intrigas de Estado – 5/5
Russel Crowe, disfarçado de Eddie Vedder e fantasiado de “estereótipo do jornalista”, faz as coisas acontecerem nesta história tensa, frenética, conspiratória (e histórias de conspiração são SEMPRE legais), com uma reviravolta dispensável, e que tenta ser tão pertinente quando O Informante. E se Intrigas de Estado falha nesse último quesito, ao menos se mantém lúcido o suficiente para dar ao espectador algo no qual pensar. Além do mais, eles tem a Rachel McAdams.

hit where it hurts

Eu odeio tomar decisões. Pesa sempre aquela incerteza, aquele “e se” que desdobra centenas de milhares de possibilidades, cada uma totalmente possível, e de repente os critérios começam a falhar. Ou melhor, eles não são mais tão fortes. Porque tudo se dilui entre as promessas e ameaças das possibilidades.

Soma-se a isso o fato de que a minha cabeça simplesmente não desliga. Ela tenta antecipar cada passo, para que o futuro não bata tão forte. E envolve tudo e todos em volta, tentando fazer a coisa menos cruel com eles – quando o Winning Eleven roda no Playstation 2, e a raiva atinge DEFCON 1 (quem já jogou, sabe), ao invés de atirar o controle na parede eu sou “racional” o suficiente pra virar e jogar ele no sofá. No meio do furacão de violência, um sistema de alerta diz “na parede, vai tudo pro saco; no sofá, ele QUICA e volta ileso”. É um exemplo meio idiota, eu sei, mas acho que ilustra bem o que acontece.
E aí surgiu a chance de tomar uma atitude extremamente simples e banal, e eu senti como se estivesse decidindo o mundo. Em parte porque eu tinha que considerar toda a minha bagagem na questão. Em parte, porque havia outra pessoa que seria afetada no processo.
Mas o que a minha cabeça teimosa não consegue entender é que, às vezes, ver o controle se espatifar na parede pode ser a melhor coisa a fazer. Dar uma de Tyler Durden. Ver o circo pegar fogo. Parar de tentar manter o status quo.
Enfim, não consigo aceitar a idéia de que algumas pessoas merecem se foder, e que está tudo bem se eu machucar elas pra manter um pouco da sanidade. Talvez lá no fundo eu esteja tentando ser o herói e tal. Sabia que assitir O Cavaleiro das Trevas com tanta frequência traria sequelas.
He can be the outcast. He can make the choice no one else can make. The right choice.
Será?

Série Alta Jogabilidade

Título: Lego Indiana Jones

Plataformas: Playstation 2, Playstation 3, PSP, Nintendo Wii, X-Box, PC, enfim, tudo que tenha chip e tela.
Fabricante: Lucasarts
Qual é a do jogo: A trilogia absoluta do cinema é recriada em um mundo de Lego, onde o jogador assumirá o papel do destemido arqueólogo, resolvendo quebra-cabeças, aniquilando inimigos, pendurando-se com o chicote para atravessar desfiladeiros (top 5 coisas mais ducaralho que eu já fiz na VIDA), fugindo de bolas gigantescas, enfim, fará tudo que o Indy fez nos três filmes. E fará tudo isso com Deus junto, no formato de TRILHA SONORA.
Por que jogar: Ok. A certa altura do episódio “A Última Cruzada”, fiz o Indy pegar uma moto e saí com ela empinada, detonando nazistas no caminho, enquanto tocava ao fundo a música-tema do personagem – mas, claro, não se ouvia ela direito, pois eu estava de pé, correndo em volta da sala, cantando a a trilha sonora a plenos pulmões com a boca enquanto despejava adrenalina na forma de lágrimas. Ao final, tudo que eu conseguia fazer era gritar “EU NÃO MEREÇO! EU NÃO MEREÇO!”. O jogo é mais ou menos isso durante horas a fio.
Por que não jogar: Se por acaso você fez um pacto com o diabo, e a cada vez que se diverte uma parte do seu corpo explode, então… não, mesmo assim vale a pena jogar.
Avaliação Final: Lego Indiana Jones é uma prova irrefutável da existência de Deus.